Extra Bold: um guia feminista, inclusivo, antirracista, não binário para designers

Extra Bold: um guia feminista, inclusivo, antirracista, não binário para designers

Ellen Lupton

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Sobre o Livro: Escrito de forma colaborativa por um time diverso de autôries, Extra Bold aborda questões práticas, históricas e conceituais do mercado de design relacionadas à inclusão e ao respeito à diversidade. Metade livro e metade gibi, zine, manifesto e guia de sobrevivência, o livro é repleto de vozes e histórias que não aparecem em outros livros sobre carreiras ou compêndios de design. Ele começa com ensaios que conectam o design ao feminismo, ao antirracismo, à inclusão de pessoas com deficiência e ao pensamento não binário. Histórias resumidas abrem o cânone do design a pessoas e práticas negligenciadas. Entrevistas, tipos de letra e projetos criados por dezenas de colaboradôries apresentam múltiplos pontos de vista, moldados por diferentes capacidades, identidades de gênero e origens raciais e étnicas. Útil e instrutivo, Extrabold explora as estruturas de poder e como transitar por elas. Entrevistas apresentam pessoas em diferentes estágios de suas carreiras, e esboços biográficos revelam a vida e a obra de figuras criativas marginalizadas pelo sexismo, pelo racismo, pelo capacitismo e por outros sistemas de exclusão. As ilustrações de Jennifer Tobias trazem calor e profundidade narrativa a cada capítulo. Sobre os autôries: Ellen Lupton é designer gráfica, professora e curadora de design contemporâneo no Cooper-Hewitt National Design Museum em Nova York. Autora de Pensar com tipos e O design como storytelling, também publicados pela Olhares. Jennifer Tobias é professora universitária e ilustradora; Josh A. Halstead é ativista do design para pessoas com deficiência; Kaleena Sales é ilustradora e professora de design; Farah Kafei, Leslie Xia e Valentina Vergara são designers.
Detalhes do produto
Editora : Olhares; 1ª edição (30 junho 2023)
Idioma : Português
Capa comum : 220 páginas
ISBN-10 : 658828070X
ISBN-13 : 978-6588280706
Dimensões : 23 x 2 x 16 cm
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Avaliações dos clientes: 4,8
36 avaliações de clientes

1. O que é Interseccionalidade?

A interseccionalidade é um conceito que descreve como diversas formas de discriminação (como racismo, sexismo, homofobia, entre outras) podem interagir e se sobrepor. Criado por Kimberlé Crenshaw, o termo busca explicar a complexidade das opressões enfrentadas por indivíduos que pertencem a mais de um grupo marginalizado.

Origem e História

A interseccionalidade surgiu na década de 1980 como uma resposta à invisibilidade das experiências vividas pelas mulheres negras dentro do feminismo tradicional e do movimento pelos direitos civis. Kimberlé Crenshaw, uma acadêmica e ativista, foi a principal responsável por popularizar o termo, enfatizando a necessidade de uma análise mais holística das opressões sociais.

Importância no Design

No campo do design, a interseccionalidade é crucial para criar produtos e serviços que atendam verdadeiramente às necessidades de todos os usuários. Designers que compreendem e aplicam a interseccionalidade em seu trabalho são mais capazes de reconhecer e abordar as barreiras únicas enfrentadas por indivíduos em múltiplas categorias marginalizadas.

2. Identidades e Experiências

Gênero e Sexualidade

A compreensão das variadas identidades de gênero e orientações sexuais é essencial para criar designs inclusivos. Isso inclui o reconhecimento de pessoas não-binárias, transgênero, e a diversidade dentro do espectro LGBTQIA+.

Raça e Etnia

Raça e etnia influenciam profundamente as experiências e percepções dos indivíduos. Designers devem considerar a representação justa e precisa de diferentes grupos étnicos e raciais em seus trabalhos, evitando estereótipos prejudiciais.

Capacidade e Acessibilidade

A acessibilidade é um componente crucial do design inclusivo. Isso significa não apenas garantir que produtos e serviços possam ser usados por pessoas com deficiência, mas também valorizar suas contribuições e perspectivas.

3. Princípios de um Design Inclusivo

Empatia e Co-criação

Empatia é a capacidade de entender e compartilhar os sentimentos dos outros. No design inclusivo, isso envolve trabalhar diretamente com as comunidades afetadas para criar soluções que atendam verdadeiramente às suas necessidades.

Representação Diversificada

A representação diversificada é a prática de incluir uma ampla variedade de identidades e experiências nos produtos e campanhas de design. Isso ajuda a garantir que todos se sintam vistos e valorizados.

Acessibilidade e Usabilidade

Um design acessível e usável atende às necessidades de todos os usuários, independentemente de suas capacidades. Isso inclui considerar a facilidade de uso, navegação intuitiva e a capacidade de modificar as interfaces conforme necessário.

4. Desconstruindo o Privilégio no Design

Reconhecimento do Privilégio

Reconhecer o privilégio é o primeiro passo para desconstruí-lo. Isso envolve entender como certas vantagens, como raça, gênero ou status socioeconômico, podem afetar a perspectiva e os resultados de um projeto de design.

Desafios do Design Inclusivo

Os desafios do design inclusivo incluem a falta de diversidade nas equipes de design, a resistência às mudanças, e a falta de compreensão sobre a importância da inclusão.

Estratégias para Desconstruir o Privilégio

Desconstruir o privilégio no design requer estratégias como a educação contínua, a diversidade nas equipes de design e o envolvimento das comunidades marginalizadas em cada etapa do processo de design.

5. Linguagem e Comunicação Inclusivas

Princípios da Linguagem Inclusiva

A linguagem inclusiva evita termos e frases que perpetuam preconceitos e discriminação. É crucial para criar um ambiente acolhedor e respeitoso.

Impacto da Linguagem na Identidade

A linguagem que usamos pode afirmar ou negar a identidade de uma pessoa. Usar pronomes corretos, nomes preferidos e termos inclusivos é parte essencial de respeitar e validar a identidade dos indivíduos.

Como Praticar a Linguagem Inclusiva

Praticar a linguagem inclusiva envolve o comprometimento com a educação contínua, a revisão e adaptação de materiais de comunicação, e a implementação de políticas para promover o uso de linguagem respeitosa em todos os contextos.

6. Representação Visual

Importância da Representação

A representação visual é uma poderosa ferramenta de comunicação que pode influenciar percepções e atitudes. Designes que refletem a diversidade do mundo real ajudam a promover a inclusão e a igualdade.

Estereótipos e Viéses

Estereótipos e viéses visuais podem reforçar preconceitos e discriminações. Evitar essas armadilhas requer uma conscientização constante e crítica das imagens e ícones usados no design.

Diretrizes para uma Representação Equitativa

Diretrizes para uma representação visual equitativa incluem a escolha cuidadosa de elementos gráficos que representem com precisão a diversidade e a complexidade das experiências humanas, sem recorrer a clichés ou estereótipos.

7. Design e Ativismo

Papel do Design no Ativismo

O design tem um papel significativo no ativismo, servindo como uma ferramenta para comunicar mensagens, mobilizar pessoas e promover mudanças sociais. Designers podem usar suas habilidades para apoiar causas importantes e amplificar vozes marginalizadas.

Histórico de Design e Movimentos Sociais

Ao longo da história, o design tem sido uma parte vital de muitos movimentos sociais, desde posters de protesto até campanhas digitais. Exemplos incluem o movimento pelos Direitos Civis nos Estados Unidos e protestos recentes em apoio ao movimento Black Lives Matter.

Casos de Estudo

Casos de estudo de design ativista incluem a criação de identidades visuais para marchas, desenvolvimento de plataformas online para apoiar iniciativas de justiça social, e a colaboração com organizações para produzir materiais educacionais e de conscientização.

8. Ensino e Prática do Design

Educação em Design Inclusivo

A educação em design precisa abordar a inclusão desde o início, incorporando currículos que ensinem sobre diversidade, equidade e justiça social. Isso prepara os futuros designers para criar soluções mais inclusivas e justas.

Desafios e Oportunidades na Academia

Os desafios na academia incluem a resistência a mudanças nos currículos tradicionais e a falta de diversidade entre os educadores. No entanto, há muitas oportunidades para inovar e integrar princípios inclusivos na formação de designers.

Caminhos para uma Prática de Design mais Inclusiva

Para promover uma prática de design mais inclusiva, é essencial criar espaços de aprendizado contínuo, inclusão e pertencimento, e encorajar a colaboração multidisciplinar e intercultural em projetos de design.

9. O Futuro do Design Inclusivo

Tendências e Previsões

As tendências futuras no design inclusivo incluem a maior personalização de produtos e serviços, o uso de tecnologias emergentes como a inteligência artificial para facilitar a acessibilidade, e a crescente importância da sustentabilidade e da responsabilidade social.

Tecnologia e Inovação

Tecnologias emergentes, como realidade aumentada e virtual, têm o potencial de revolucionar a maneira como criamos e consumimos design. Inovações nessas áreas podem criar novas oportunidades para inclusão e acessibilidade.

Chamado à Ação para Designers

Designers têm a responsabilidade de usar suas habilidades para promover a inclusão e a equidade. Isso significa adotar uma abordagem crítica e reflexiva ao trabalho, estar aberto ao aprendizado contínuo e engajar-se ativamente com comunidades marginalizadas para co-criar soluções que atendam às suas necessidades.



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