Gustavo Cerbasi é mestre em Administração pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo e graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas.

Possui especializações em Finanças pela Stern School of Business, da Universidade de Nova York, e pela Fundação Instituto de Administração (FIA).

Com larga experiência em finanças dos negócios, planejamento familiar e economia doméstica, Cerbasi promove o curso on-line Inteligência Financeira e ministra palestras em todo o Brasil.

Ele já tem 16 livros publicados e já vendeu mais de 2,5 milhões de exemplares.

Agora, vamos conhecer as principais lições de uma de suas obras mais famosas, o livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos!

A raiz dos problemas

Grande parte dos problemas de relacionamento entre marido e mulher começa no dinheiro – no excesso ou na falta dele.

Quando a renda do casal não dá conta dos gastos do mês, o dia a dia tende a uma desagradável monotonia e qualquer proposta mais romântica que envolva gastos é cortada pela raiz.

As dificuldades decorrentes dessa escassez geram conflitos entre cônjuges, que nem sempre percebem que o problema é financeiro.

O grande charme do dinheiro está no fato de ele raramente se mostrar como o vilão da história.

Se não há dinheiro para um jantar romântico, o problema é percebido como falta de romantismo.

Caso falte dinheiro para renovar o guarda-roupa, o problema é percebido como desleixo.

Se não há dinheiro para levar as crianças ao parque, o problema é percebido como falta de carinho.

Essas situações encobrem um erro comum: a inabilidade para lidar com o dinheiro ou para torná-lo suficiente.

Por outro lado, quando a renda do casal é maior, raramente marido e mulher chegam a um acordo sobre seus hábitos de consumo e sobre a melhor maneira de administrar as finanças, o que também origina conflitos.

Um reclama dos hábitos esbanjadores do outro, que, por sua vez, acha que muitas conquistas familiares estão sendo adiadas em razão dos desperdícios do parceiro.

E os motivos para confrontos e discussões explosivas vão se acumulando.

O problema é que não se conversa a dois sobre dinheiro de forma preventiva, mas só quando a bomba já estourou e a briga se torna inevitável.

Em questões de dinheiro, as pessoas procuram ajuda quando custará muito mais caro buscar a solução. E aí pode ser tarde demais para salvar o relacionamento.

Diante desse cenário, Gustavo Cerbasi começa a abordar alguns pontos importantes a serem discutidos.

Perfis financeiros do casal

Conhecer o próprio perfil e o do parceiro e saber de suas limitações é a primeira coisa a fazer antes de se propor a discutir sobre dinheiro.

As conversas nunca serão livres de divergência ou dúvidas.

Conhecer a si mesmos permitirá que um ajude o outro a superar fraquezas, para que o relacionamento com o dinheiro seja de multiplicações e realizações de sonhos.

Nesse sentido, há basicamente cinco estilos de como lidar com o dinheiro. Vejam em qual vocês se enquadram.

Poupadores

Sabem que é importante guardar e, por isso, não se importam nem um pouco em restringir ao máximo os gastos atuais, para poupar o que for possível e conquistar a independência com muito dinheiro.

Nem sempre suas intenções são compreendidas; frequentemente, recebem críticas por serem mesquinhos ou avarentos.

  • Pontos fortes: disciplina e capacidade de economizar;
  • Pontos fracos: conformismo com um padrão de vida simples, restrições a novas experiências.

Gastadores

Para estes, a vida é medida pela largura, não pelo comprimento. É importante viver bem hoje, pois o amanhã pode não existir.

Gastam toda a renda, às vezes um pouco mais.

Além disso, gostam de ostentar, destacam-se pelas roupas caras, não se sentem incomodados em encarar um financiamento se o objetivo é ser feliz.

A poupança acumulada, quando existe, é só para a próxima viagem.

Seu estilo de vida faz sucesso entre os amigos.

  • Pontos fortes: hábitos pouco rotineiros, abertura a novas tendências, muitos hobbies;
  • Pontos fracos: insegurança em relação ao futuro, dependência extrema da estabilidade no emprego, aversão ao controle financeiro, orçamento e contas.

Descontrolados

Não sabem quanto dinheiro entra nem percebem quando sai da conta. A cada mês, parece que o dinheiro dura menos.

Estão sempre cortando gastos, mas nunca é o suficiente.

Ademais, usam com frequência o cheque especial ou pagam a fatura do cartão apenas parcialmente, por falta de fundos.

Em casa, não há a menor chance de se sentarem e se organizarem, pois têm coisas mais importantes para fazer.

  • Pontos fortes: é possível identificar algum?;
  • Pontos fracos: indisciplina, propensão a conflitos, pagamento desnecessário de juros, desorientação.

Desligados

Gastam menos do que ganham, mas não sabem exatamente quanto. Poupam o que sobra, quando sobra.

Viajam ou trocam de carro quando atingem um valor mais alto nos investimentos.

Se não têm dinheiro na conta, parcelam a compra. Quando os extratos do banco chegam, vão para a gaveta sem ao menos serem abertos.

Desse modo, a fatura do cartão de crédito é uma surpresa todo mês.

Sempre acham que ainda é cedo para pensar em aposentadoria.

  • Pontos fortes: folgas financeiras, espaço para reduzir gastos, se necessário.
  • Pontos fracos: incapacidade de estipular e atingir objetivos, resistência a planos que exijam disciplina.

Financistas

São rigorosos com o controle dos gastos, com o propósito de economizar.

Nem sempre o objetivo é poupar; às vezes, pretendem acumular para poder comprar mais pagando menos.

Elaboram planilhas, andam com calculadora e lista de compras nos supermercados e shoppings, fazem estatísticas e projeções com quantidades e frequências impressionantes.

Entendem de aplicações financeiras, juros e inflação e são procurados por amigos e parentes por orientações.

  • Pontos fortes: facilidade de desenvolver planos e colocá-los em prática, seleção crítica de investimentos, capacidade de empregar melhor o dinheiro.
  • Pontos fracos: em geral, são boicotados pela família, que não se conforma com tantas minúcias; se não souberem se fazer entender, tornam-se uns chatos.

Identifique o perfil do casal

É importante que cada um tenha noção do seu perfil pessoal e do perfil do seu companheiro. Dessa forma, vocês terão noção de para onde vocês estão indo caso as coisas permaneçam como estão.

Uma conversa sincera fará com vocês entendam sua situação atual, suas metas como casal e como podem encontrar o equilíbrio entre a conquista de metas e a manutenção do padrão de vida.

Sem os dois têm um relacionamento ruim com o dinheiro, essa identificação do perfil fará com que vocês busquem formas de mudar o modo como tratam suas finanças.

Caso contrário, as brigas serão mais frequentes do que vocês gostariam.

Comprar presentes caros é sinal de amor?

Todo relacionamento começa no namoro.

Namorar é conquistar; conquistar é surpreender; surpreender é ser diferente. E uma maneira de ser diferente é gastar dinheiro de formas inesperada.

A grande mudança que ocorre com o namoro é que nossa tendência de gastar muda de foco. Passamos a usar nosso dinheiro para a conquista, comprando presentes que surpreendam a pessoa amada e agradem.

A consequência desse comportamento é que muitos apaixonados perdem a fantástica oportunidade de enriquecer em uma fase muito propícia, quando a renda ainda não está comprometida com as enormes despesas fixas e variáveis de manter um lar e uma família.

Erra quem procura agradar a pessoa amada com presentes originais e caros? O autor não tem a pretensão de dizer o que é certo ou errado no seu relacionamento.

Mas é importante lembrar que conquistar é surpreender, e surpreender é ser diferente. Diferente não é sinônimo de caro, mas sim de original.

Querem demonstrar amor? Sejam criativos, faça você mesmo se for possível!

Invista algumas horas de sono bolando um presente original ou façam o próprio presente.

Um belo buquê de rosas é garantia de encantamento, mas pode custar um fim de semana de lazer; uma única rosa de uma roseira cultivada durante meses do próprio jardim pode trazer um encantamento maior.

Dicas para presentear seu amor gastando menos

A escolha de um presente é algo muito pessoal.

Com certeza, a fórmula para acertar em cheio o presente é atentar para as dicas da pessoa amada.

Independentemente do presente a dar ou receber, valem algumas regras de ouro para fazer sobrar mais dinheiro:

Poupar para presentear

Não tem como escapar de um presente caro? Às vezes, a única dica de presente-desejo disponível extrapola completamente o orçamento do mês.

Se a criatividade não está em alta e não há como escapar do luxo, tenha como regra fundamental fugir dos financiamentos, que embutem o custo dos juros.

Portanto, façam reservas, poupem para comprar à vista.

Fujam de arapucas comerciais

Das quatro datas especiais para dar presentes – Dia dos Namorados, Natal, aniversário e aniversário de namoro -, as duas primeiras são um pesadelo para qualquer plano financeiro.

Ambas são verdadeiras armadilhas para o bolso incauto. Todos saem às compras e, em razão disso, os preços sobem significativamente.

Quem deve receber o presente não é o comerciante! Fujam dos preços altos!

Por isso, comemorem o Dia dos Namorados na véspera. Comprem pelo menos 45 dias antes dessas datas. Evitem restaurantes, hotéis e bares nessas ocasiões, quando os preços chegam a dobrar.

Planejem as viagens a dois

Um grande contraste entre a fase de solteiro e a do namoro firme está nos gastos com viagens e lazer.

Solteiros saem à noite e ficam satisfeitos com qualquer sanduíche. Namorados saem para jantar.

Solteiros viajam e só fazem questão da bagunça. Namorados viajam em busca de uma pousadinha e restaurantes charmosos.

Mesmo mantendo os hábitos da fase pré-namoro, os gastos do namoro podem ser um pouco mais robustos.

Devem deixar de fazer aquilo que gostam? Obviamente não, mas é bem provável que a frequência das saídas tenha de diminuir em troca da qualidade.

Nesse caso, a regra é planejar: pesquisar preços, juntar dinheiro durante algumas semanas, aproveitar promoções e então curtir muito!

As finanças do namoro e do noivado

Para boa parte das pessoas, a fase de namoro coincide com um momento de grandes escolhas que certamente definirão o resto da vida.

As mais importantes delas são o que estudar e em que trabalhar.

São opções difíceis, muitas vezes acontecem simultaneamente e são tomadas em um período em que ainda não estamos maduros para tais decisões.

Por isso, não raro essas escolhas são feitas de maneira errada, originando profissionais frustrados.

Se, nessa fase tão complicada, ainda tivéssemos de escolher a pessoa com quem dividir para sempre os bons e os maus momentos da vida, o risco de construir também relacionamentos infelizes seria bem maior.

Por isso, existe o namoro: para conhecer a pessoa amada.

Não deu certo? Ótimo, pois ainda há tempo para mudar. Custará muito dinheiro e sofrimento mudar depois, quando as coisas estiverem mais consolidadas.

Além disso, nessa mesma época, também decidimos a forma de lidar com o dinheiro.

Quando começamos a formar nossa renda, abre-se um horizonte de oportunidades e curtições.

Tornamo-nos mais independentes, temos maior poder de escolha. Afinal, o dinheiro é nosso!

Sobretudo porque, quando solteiros, vivemos com os pais, em geral com casa e comida assegurados, e não temos compromissos regulares para saldar com nosso dinheiro.

Portanto, esse período constitui uma grande oportunidade de aprender a construir independência financeira.

Se começarmos a viver além de nossas posses e gastarmos mais do que pudermos, vai faltar dinheiro no futuro.

Se não tivermos planos para formar uma reserva para emergências, poderemos quebrar.

Mas, se tivermos reservas suficientes, o dinheiro jamais será uma preocupação em nossa vida.

Sugestões para essa fase

A sugestão do livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos é que aproveitemos o momento de total liberdade de escolha em relação ao dinheiro.

Primeiro, aprenda a organizar suas finanças, gastando um pouco menos do que ganha, investindo a diferença e construindo um projeto de longo prazo para atingir determinada poupança.

Em segundo lugar, comece a investir em ativos mais arriscados, estudando um pouco mais o assunto, o que pode gerar um crescimento rápido da poupança.

Ao longo dos anos, sua aversão ao risco aumentará; então, aproveitem a boa fase para acumular.

Dessa forma, se vocês iniciarem a vida independente de modo organizado, terão um tranquilo caminho a seguir em direção à riqueza.

Quando começar a dividir sua intimidade com outra pessoa, será muito mais fácil lidar com o dinheiro se já tiver um plano, com metas traçadas e estratégias estabelecidas.

Em um relacionamento a dois, fica difícil discutir sobre investimentos, pois cada um tem seu nível de aversão ao risco.

Contudo, com um pouco de estudo sobre o assunto se descobrirá que, com um planejamento de longo prazo, é possível neutralizar grande parte do risco pela diversificação.

Quando, depois do casamento, se abordar esse tipo de estratégia com o parceiro, será muito mais fácil falar disso utilizando um plano pronto, de preferência apresentando, por exemplo, resultados obtidos no passado.

E melhor ainda: começando cedo, vocês poderão desfrutar de sua poupança antes.

As finanças dos recém-casados

Um casamento só dá certo quando seu verdadeiro sentido é o da união.

O discurso diz que particularidades e individualidades devem ser respeitadas.

Entretanto, a prática mostra que, na verdade, elas são toleradas, e há uma expectativa recíproca de que, ao longo do relacionamento, cada um acabe cedendo um pouco de sua individualidade e as afinidades se reforcem.

Se isso não acontecer, os conflitos certamente surgirão.

O mesmo vale para as finanças do relacionamento. Elas serão saudáveis se for praticado o sentido de união e vocês administrarem a renda familiar em conjunto.

Com o casamento, passam a ser dois salários, duas cabeças pensando, duas formas diferentes de lidar com o dinheiro.

Imaginem a dificuldade se cada um tiver os próprios objetivos financeiros, trabalhar com um orçamento diferente e decidir como investir seu dinheiro.

Com o tempo, o desequilíbrio é inevitável.

Planos comuns jamais serão construídos de modo eficiente se tudo no relacionamento foi dividido. Perde-se em eficiência, em organização e em resultados!

Se ambos já tinham um planejamento financeiro individual antes da união, a transição para o planejamento conjunto deve levar em conta os seguintes passos:

  • Decidam qual dos dois orçamentos está mais organizado e adotem-no;
  • Do modelo descartado, aproveitem o que for possível no plano comum, somando todos os gastos em uma única ferramenta de gestão financeira;
  • As contas bancárias devem ser agrupadas aos poucos, para que vocês tenham tempo de ser organizar na nova situação;
  • Preferencialmente, o cartão também deve ser unificado, para pagar anuidades menores ou escolher um cartão sem anuidade e aproveitar melhor os programas de vantagens.

Início do planejamento financeiro

Ao contrário do que muitos pensam, não é preciso ser um especialista para fazer um planejamento que seja prático e eficiente.

Para isso, é preciso usar ferramentas de controle financeiro que facilitem esse processo.

De qualquer modo, é notório o fato de que, para enriquecer, é preciso aprender a gastar. Sua riqueza não depende do que vocês ganham, mas sim de como gastam.

Se, com uma renda baixa, vocês conseguirem construir com dignidade um padrão de vida saudável e feliz, conscientes de que poderão mantê-lo no futuro, estarão em situação melhor do que executivos que ganham muito, mas gastam tudo para manter um nível de vida elevado e ficam à beira de um infarto quando têm o emprego ameaçado.

Quando o casal entra na rotina

Uma das causas da queda da qualidade no relacionamento do casal é a rotina.

Ela é inevitável após vários anos de convívio por duas razões bastantes simples: as diferenças pessoais não são mais novidade.

No começo do relacionamento, a paixão é alimentada por essas diferenças. A novidade abre portas para um mundo mais amplo e crescemos com a relação.

Com o tempo, alguns hábitos que não agradam ao parceiro são abandonados e os diversos hábitos tolerados convergem para uma “zona de conforto” tornando-se comuns.

A pessoa amada deixa de ser novidade em nosso mundo.

Na época do namoro, grande parte de nossa renda é gasta com a conquista ou com nossos hábitos sociais e de lazer.

Esses hábitos constituem a “novidade” para a pessoa amada.

Nós nos apaixonamos por aquilo que a pessoa é e pela maneira como vive.

Contudo, com o tempo e o casamento, as responsabilidades aumentam e o orçamento fica mais apertado.

Não sobram muitos recursos para o que não é essencial, e desse fato decorre a rotina.

Rotina que é associada não necessariamente ao casamento, mas sim à restrição de hábitos prazerosos.

Muitos responsabilizam a pessoa amada pela rotina, quando na verdade isso pode ser consequência da falta de planejamento. E um bom plano financeiro pode diminuir bastante a rotina do casamento.

Adeus, rotina

O que vocês acham de incluir, entre os gastos essenciais do mês, uma verba para sair da rotina?

O autor chama essa verba de finanças da reconquista diária.

Não é preciso contar com grandes quantias. Na fase do namoro, pouco dinheiro e muita criatividade certamente traziam momentos muito especiais.

Tampouco é preciso perder horas imaginando alguma coisa criativa. Até mesmo a rotina pode ser “sem rotina”.

Alguns amigos do autor cultivam a rotina de toda semana conhecer um bar ou restaurante diferente.

Outros têm a rotina de, a cada dois meses, viajar para algum lugar que não conhecem durante um fim de semana.

Vocês podem criar a rotina de toda semana preparar juntos um novo prato na cozinha.

Essas mudanças constantes, que talvez não custem muito, podem renovar diariamente o namoro de vocês.

Considerar essa meta no plano financeiro é uma forma de motivar-se para reconquistar um ao outro.

Na pior das hipóteses, os recursos se acumularão durante um ano para garantir férias muito especiais.

Então, invistam em si mesmos!

Como se preparar para o casamento

Vocês decidiram que estão preparados para casar. E agora? Como fica a questão do dinheiro?

A primeira coisa a fazer é conversar sobre a transição da vida independente para a vida a dois.

Até agora, contam eram separadas, provavelmente a divisão de gastos era vista como um sacrifício para um, generosidade ou gentiliza para outro.

Desse momento em diante, acaba a fase de experimentação e começa a etapa de decisões tomadas a dois.

Na ponta do lápis

Caso não tenham orçamentos individuais, comecem a elaborar um orçamento unificado de ambos.

Se cada um tiver o seu, é hora de uni-los.

O objetivo é visualizar claramente de onde vem cada recurso e para onde vai o dinheiro, sem esquecer de levar em conta compromissos já assumidos pelos dois, como a poupança para um curso ou para outro gasto particular.

A partir de agora, ambos irão se unir para conquistar objetivos individuais e de casal.

Conta conjunta

Caso ainda não tenham aberto uma conta conjunta, é hora de fazê-la.

Nessa fase de transição, os recursos para o casamento saem das contas individuais e devem ser depositados em uma conta de titularidade dos dois.

O objetivo é facilitar os pagamentos ou assinaturas de cheques quando as decisões se tornarem mais urgentes.

Transparência

Coloquem no papel, numa planilha de gastos ou app, tudo o que fizerem, e compartilhem essa informação um com o outro. Não é por desconfiança, mas por segurança.

Valorizem os relacionamentos bancários

Evitem pagar tarifas por abrir mais uma conta no banco.

Se sua conta já oferece privilégios como a isenção de tarifas, solicite ao banco uma conta-corrente com as mesmas vantagens.

Se nenhum dos dois tem qualquer tipo de privilégio, abram uma conta digital.

Comecem a conversar sobre os regimes de casamento

Essa conversa costuma ser desconfortável, pois envolve a separação entre o que cada um conquistou sozinho e o que passarão a ter juntos, além de tocar em aspectos familiares – geralmente, a família mais rica questionará se o outro não está se casando por interesse.

Havendo dúvida ou possibilidade de conflito, optem pelo regime de comunhão parcial de bens.

Se possuem grandes patrimônios ou empresas familiares, consultem um advogado para negociar um regime de separação total de bens.

Essa escolha pode ser alterada no futuro.

Mas, jamais deixem para decidir esse assunto em cima da hora, diante da pergunta do juiz de paz.

Eliminem dívidas antes de avançar nos planos

Levar dívidas para uma vida a dois significa dividir problemas, não realizações.

Essa não é a melhor maneira de começar uma história do tipo “felizes para sempre”.

Mesmo que namorem há muito tempo, que surja a oportunidade de fazer uma viagem ou que tenham qualquer outro desejo, não assumam a responsabilidade do casamento antes de sair das dívidas e limpar o nome.

É melhor vender carros e bens e se casar tendo um estilo de vida mais simples do que contaminar a relação com erros do passado.

Conversem sobre o que será importante na celebração para cada um de vocês

Proponham-se a fazer, individualmente, uma lista do que cada um deseja ter na celebração de casamento, sem pensar ainda nos custos das escolhas.

Vestido? Jantar completo? Música ao vivo? Noite romântica? Lua de mel dos sonhos? Deixem a criatividade e a inspiração fluírem.

Não façam isso juntos, permitam-se escolhas livres de qualquer pressão.

Quando os dois estiverem com a lista pronta, sentem-se para conversar sobre a celebração e fazer o balanço de seus anseios.

Provavelmente, nem tudo será viável, mas, com essa dica, ambos saberão mais sobre as prioridades e sentimentos do outro.

Discutam sobre o que será realmente importante na rotina diária de cada um

Funciona como uma lista de desejos para a celebração.

Façam, individualmente, uma lista dos gastos que cada um considera fundamental para sua rotina após o casamento.

Nessa fase do exercício, também não é preciso pensar nos custos das escolhas. É como se fosse uma lista inspiradora, do estilo de vida que esperam conquistar.

Com ambas as listas prontas, conversem sobre prioridades e tentem conciliar as listas.

Como Casais Inteligentes Enriquecem Juntos

Neste resumo de livro, você aprendeu como funcionam e devem funcionar as finanças a dois.

Além disso, o livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos nos trouxe lições preciosas para termos uma vida financeira equilibrada e conquistar nossos objetivos depois de casados.

Se colocarmos essas dicas em prática, tivermos um bom diálogo e uma forte disciplina, seremos muito bem-sucedidos.

Por fim, sugerimos que você releia o artigo e volte a ele sempre que tiver alguma dúvida sobre finanças para casais.

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